Meus olhos que já não propagam em mim

Meus olhos que já não propagam em mim
Meus olhos que já não propagam em mim

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sua letargia

Se meu amor a ti resplandecesse
Despertará quando meus afetos lhe incidirem
Mas não quero que minhas palavras de romantismo se exalem ao universo do desinteresse
Vou esperar seus olhos se despirem

domingo, 17 de abril de 2011

Lisura

Tenha vergonha por cada segundo em que suas sinceras palavras estão sendo emersas
Mas tenha empáfia por cada segundo em que elas estão sendo sinceramente ouvidas
Tenha vergonha por cada alegria nas lagrimas submersas
Mas tenha empáfia por cada uma que ao seu rosto estão sendo escorridas

Ao mar que afoga minhas propostas

Vedar o mar
Inunda meu lar
Pois beijando minha pálpebra encontro meu par

Escarlates ao chão
Contradizem o azul da minha visão
Oh alucinação

Ou talvez, apenas a vida cuspiu suas amostras
Quando meus pés afagavam minhas costas
Ao mar que afoga minhas propostas

Realistas

Pudera ser úteis os que a morte opitaram
Pois com o mundo nunca se conformaram
Onde vedem um caixão mais confortável
Onde na putrefação, consigo é mais amável
Pudera se na desistência não incidissem
Presumir que suas felicidades existissem
Concertando a vida irrefutavelmente caótica
Despertando pessoas diluídas as suas rotinas narcóticas
Mas foram preferíveis suas individuais soluções
Quando as supostas uniões não enxergavam suas extenuações
Sendo assim... Propagam no espesso vazio
Propagam no tudo macio
Propagam em nossas teorias relativas
Propagam em suas praticas afirmativas
Propagam... Apagam... Criam
Alinham... Oscilam...
Assimilam... Afagam...
Propagam...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Guaiba

Seguindo caminhos oblíquos
Mantêm-se improfícuos
Vivem a vida alheia
Instigando suas invejas qual incendeia
                                       
Na busca pela cura de seus egos
Visões de si mesmos, mantêm-se cegos
Anseiam pelos defeitos dos outros para debruçarem
Escárnios aos disparates dos próximos para aos seus amenizarem

Desconhecem os seus propósitos
Psicologicamente ainda neófitos
Seus corpos não reluzem suas mentes amarfanhadas

Incitam-se falsidades para sobreviver
Qual a verdade não é o suficiente para ser
Por seus conceitos, suas éticas estão definhadas

*Apenas a singela e crédula maioria (:

sábado, 9 de abril de 2011

Seja meu viver por nós

Conceber-me-á quando sentir meu abraço sem te tocar
Ouvir meu silêncio iminente
Abrangendo-o eloqüente
Enfim submergirá ao meu amor por ti amar

Minha boca que não há nada para emergir
Vem antes das minhas mãos que emudecem
E quando crer que minhas declarações fenecem
Olhe para meus olhos e veja que eles ainda podem sorrir

Seja o alento de minha face emaciada
Seja o tormento de minha dormência ansiada
Corporifique meu otimismo ao seu cós

Seja meu cinismo por rubor
Seja meu eufemismo por dor
Seja meu viver por nós

*Minha real esperança é poder dizer isso nos olhos de alguém

Cândidas prostitutas

Cultivam os contingentes deleites dos sexos...
Voluptuosidades!
Não se obtêm nexos...
Inconformidades!
Apenas os deixam perplexos...
Promiscuidades!

Oh mulheres dos prazeres que tão cultas;
Oh mulheres astutas;
Oh cândidas prostitutas...

Prezam a cobiça em massa de homens
Sem relações com seletos
Ao molho da carne eles somem
Rasgando seus lábios por supostos afetos
Fazem os vomitar no que comem

Oh mulheres dos prazeres que tão cultas;
Oh mulheres astutas;
Oh cândidas prostitutas...


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tempo não existe

Idade mental é dita pela quantidade e intensidade dos fatos percorridos,
E também acrescentada por proporções de suas assimilações em seus vividos,
Não pelo tempo! Não por números!
Não pelo ostento! Não por túberos!

Pois o tempo não existe, ele nada mais é que um pretexto por suas feridas,
Pretexto por suas lagrimas não serem mais ardidas,
Pretexto da sua evolução!
Pretexto da sua regressão!

Seus cérebros concebem seus fatos em seqüência, organizando um passado,
Pelas horas imaginam a data da falência, mas nenhum segundo foi atravessado,
Seu corpo morre devido à gravidade, mas a mente persiste,
Somos sábios se quisermos, pois o tempo não existe!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Linda imaginação


A uma sociedade previsível,
Descarto deparar alguém afável,
Evado meu lado sensível,
Por não encontrar alguém... Por si amável!

Critério alheio que já infame,
Generaliza-me um conceito irrefutável,
Quimérico, pois é possível que se clame,
Obter-te a mim... Por si amável!

Seus olhos em fulgores ascendem os meus entenebrecidos,
Vejo em nos um futuro que antes permanecia ofuscadamente assimilável,
Liquefazendo meu coração que antes enrijecido,
Á tu existir... Por si amável!

Algo tão infindo reconhecendo-me pasmo,
Sob sua tez vejo alguém á mim confiável,
Não fenece nem ao meu sarcasmo,
Eclodistes em meu peito... Por si amável!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sombra


Às vezes enxergamos apenas a claridade atenuada pela interposição de um vulto
Entre ela, para que quando o corpo... Seja temperado com ornamentos de imaginação!
Pois seria um insulto
Não discernir com um pouco de coração

Que tantas circunstâncias fulgidas
Qual a realidade logo se reluz
Mas a precedência está nas lúridas
Por suas esperanças se encontrarem na ausência de luz


* Tenho proferido nesta poesia o simples fato da esperança eclodir apenas na sombra, ou seja no que de certa forma desconhecemos a realidade, a uma  seleta concebição positiva no escuro, pois o claro nos mostra todas as reais possibilidades e muitas vezes insuportaveis... (:

Mãe

Mãe! Empurre-me para esta estrada
Enquanto meus pés escorregam na escuma de meu nada
Mãe! Empurre-me para meu nada
Enquanto meus pés escorregam na escuma desta estrada


*Esses versos dedico à minha mãe por dias quais nem da inércia submersa de meus lençóis enfados não levantava, por diversos tipos de sofrimento cujo só ela amenizava...

Mente

O que queres de toda esta minha escassez?
Lamber meus restos de candidez?
Apetecer-me sua languidez?
Ou então fazer de ti a minha vez?

Apenas um degrau para flutuarmos na casca fragmentada do universo
Cujo apenas é beijar sua nuca ao nosso frenesi submerso
E então me ceder a sua concessão por felicidade
Mas, estupefato vejo...  Que você não pertence a minha realidade

Então me findo ávido, ácido
Esquálido,
Por apenas minha mente…
Doente, imprudente,

Pálido, sádico
Abrasadamente
Plácido,
Por apenas minha mente…
Doente, imprudente

Ávido, acido
Abrasadamente
Esquálido,
Por apenas minhas mente

Sonhei cansado,
Alarmado, beijei!
Amei amado

Consternado, renunciei!
Acordei perturbado
Odiado, agonizei!

Então me findo cansado, alarmado
Amado,
Por apenas minha mente…
Doente, imprudente

Consternado, perturbado
Abrasadamente
Odiado,
Por apenas minha mente…
Doente, imprudente

Cansado, alarmado
Abrasadamente
Amado
Por apenas minha mente

Sonhei ávido,
Ácido, beijei!
Amei esquálido,

Pálido, renunciei!
Acordei sádico,
Plácido, agonizei!

Então me findo cansado, alarmado
Amado,
Por apenas minha mente
Doente, imprudente

Consternado, perturbado
Abrasadamente
Odiado,
Por apenas minha mente
Doente, imprudente

Cansado, alarmado
Abrasadamente
Amado
Por apenas minha mente

* Essa poesia e música, concebe um pouco de minha mente e o que passo com ela (: