Meus olhos que já não propagam em mim

Meus olhos que já não propagam em mim
Meus olhos que já não propagam em mim

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mergulhado

Mergulhado em mim
Em uma submersão sem fim
Com meus pulmões alagados
E meus desejos extenuados

Ainda tento me encontrar
Para talvez me desafogar
Mas discirno melhor e estou em águas claras
Águas cálidas e límpidas que tão raras

Reluzidas por raios de prata
Em uma fulgura ingrata
Por mim, nadar veemente sem alcançar sua origem
Mas antes de minha vertigem

Enxergo uma lua
Que tão crua
Mas algo me insinua
Ser você que tão nua

De fato seu corpo me cintilava
Em mim, evidentemente eu não estava
Estava já perenemente afogado
Por na verdade em ti ter mergulhado









Nenhum comentário:

Postar um comentário