Mergulhado em mim
Em uma submersão sem fim
Com meus pulmões alagados
E meus desejos extenuados
Ainda tento me encontrar
Para talvez me desafogar
Mas discirno melhor e estou em águas claras
Águas cálidas e límpidas que tão raras
Reluzidas por raios de prata
Em uma fulgura ingrata
Por mim, nadar veemente sem alcançar sua origem
Mas antes de minha vertigem
Enxergo uma lua
Que tão crua
Mas algo me insinua
Ser você que tão nua
De fato seu corpo me cintilava
Em mim, evidentemente eu não estava
Estava já perenemente afogado

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